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Conheça o processo de criação de uma prova para concurso

Hoje você vai aprender uma lição muito importante na sua jornada rumo à aprovação em concursos: como uma banca examinadora cria as provas de um concurso público?

Primeiramente, você precisa enxergar a banca organizadora como um degrau para atingir o seu objetivo, que é se tornar servidor público. Muita gente prefere “odiar” as bancas, mas se você entender como elas trabalham, tudo ficará muito mais fácil.

Segundo, você deve aceitar uma dura realidade: há muito mais candidatos preparados do que vagas. Isso dá ao órgão público o ‘luxo’ de ‘descartar’ bons candidatos, o que faz com que muita gente acredite que o processo todo seja ‘injusto’, no entanto, é preciso se lembrar que a administração é pautada pelo interesse PÚBLICO.

E como se dá a criação das provas de concurso?

O órgão passa à banca organizadora o perfil de candidato desejado. Assim, um perfil de proficiência mínimo é estabelecido e, então, cabe a banca desenhar o processo de forma eficiente. Quantas fases são necessárias? Quão longa e difícil cada uma delas precisa ser?

Quanto maior o processo, menor o risco de alguém que não possui as habilidades mínimas exigidas ser aprovado. Dessa forma, para não que seja justo, o processo deve ser longo e rigoroso, certo? Errado!

Você se lembra que a administração se pauta pelo interesse público? Portanto, ela não se importa que você, que seria um excelente servidor, não conquiste sua vaga. Basta que candidatos inaptos não sejam aprovados.

Fazendo a pergunta correta

Quanto mais longo, mais caro é para produzir um certame. Assim, a pergunta correta é: “qual o tamanho mínimo que o processo seletivo precisa ter para que candidatos aptos aos cargos sejam selecionados?”

Quem dá a resposta é a estatística. Uma seleção é o que os estatísticos chamam de evento probabilístico. Não se assuste: isso não significa que as vagas são sorteadas, mas que há um erro intrínseco à avaliação feita pela banca organizadora.

Sim… você já desconfiava disso: a sorte tem um papel importante na escolha dos aprovados!

‘Então é loteria! Eu não preciso estudar?’, pergunta o aluno afobado. Não é isso: quanto mais você souber, maiores as chances de você ser selecionado. Ou seja, a ‘sorte’ é mais relevante na definição das últimas vagas!

Por mais rigorosa que seja a avaliação, sempre há uma chance estatística de alguém inapto ser aprovado. Diminuir desnecessariamente esse risco aumentaria muito o custo da seleção.

Como isso é feito, então? O órgão determina uma confiabilidade para o processo. Normalmente, funciona assim: “Eu quero estar 95% certo de que não haverá mais do que um aprovado inapto no meu concurso”. Se a banca quisesse estar 95% certa de que NINGUÉM inapto seria aprovado, o custo de avaliação seria desproporcionalmente maior!

O que isso significa no mundo do concurso público?

Em média, a cada 20 concursos públicos, há um sortudo, dentre todas as vagas, que está ali ‘sem merecer’. Um erro aproximadamente de 0,05%. Não me entenda mal… Não é que quem passou ‘não sabia nada’. Apenas que ela sabia menos que o órgão arbitrou como o mínimo para ser aprovado.

Veja pelo lado positivo: da próxima vez, o sortudo pode ser você! Mas, é vital que perceba que há uma lição ainda mais importante nisso tudo.

É possível saber, estatisticamente, quando faz sentido tentar a sorte em um concurso. Se você é isento do valor da inscrição, por exemplo, provavelmente faz sentido tentar. O treino vale mais que o seu tempo. No entanto, é preciso considerar também o custo emocional em fazer um concurso público despreparado. Se você pudesse saber quando realmente deixa de ser um candidato para realmente disputar as vagas seria muito bom.

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Escrito por: Victor Maia

Fonte: Jusbrasil